domingo, 26 de abril de 2009

Profeta Habacuc

Habacuc, o oitavo dos profetas menores, encerra a série de profetas de Congonhas. Situa-se em posição equivalente a Abdias, no ponto inferior do arco que une os muros dianteiros e lateral direito do adro. Contemporâneo de Naum e Jeremias, Habacuc viveu em um dos períodos mais conturbados da história de Israel. Vaticinou a queda da Assíria em mãos dos caldeus. Estes invadiram Jerusalém 609 a.C., constituindo a ruína da cidade o objeto das lamentações de Jeremias. Habacuc dirige-se aos novos opressores, prevendo também a sua queda.

Profeta Abdias


Abdias "servo do Senhor", segundo a etimologia de seu nome, ocupa o ponto inferior do adro que une os muros dianteiros e lateral esquerdo, no adro do Santuário. É o autor do mais curto livro profético do Antigo Testamento, sendo sua profecia, constituída de um único capítulo e dirigido aos idumus, habitantes do país de Edom. Pela boca do profeta, este povo é ameaçado de ruína e destruição por ter cometido atos de violência contra os habitantes da Judéia, que como Israel, faziam parte do "povo escolhido"de Iavé.

Profeta Naum

Na extrema direita da adro, ocupando o ponto superior da arco que une os muros externos dianteiro lateral, encontra-se a estátua de Nahum, o sétimo dos profetas menores. Viveu no século VII a.C. contemporaneamente a Jeremias. Seus vaticínios, ao oposto de Jeremias, Não se dirigem ao povo de Israel e sim aos opressores assírios. Seu livro de profecias tem como temática única a ruína de Nínive, cujo cerco e queda em poder dos caldeus são descritos em linguagem poética no capítulo 2. Nahum traz em sua mão direita o filactério cuja inscrição é também uma síntese da idéia principal de seu livro de profecias.

Profeta Amós


No ponto extremo do adro, à esquerda, na parte superior do arco de circunferência que une os muros extremos dianteiro e laterais do Santuário, encontra-se a imagem do Profeta Amós, que viveu no século VIII a.C. e é talvez o mais antigo dos profetas de Israel que tenha deixado textos escritos. Antes de ser chamado pelo Senhor para o ministério profético, foi, segundo suas próprias palavras, o primeiro pastor na região de Belém. Seu estilo é simples e enérgico, utilizando com freqüência, imagens tomadas da natureza e da vida pastoral. A expressão "vacas gordas", inscritas no filactério, denota essa característica do profeta.

Profeta Joel


Joel, o segundo dos profetas menores do cânon bíblico, ocupa seu lugar na adro à direita de Oséias, na quina de encontro do parapeito de entrada do adro e da parede interna lateral. O profeta, um dos mais antigos de que se conservaram escritos, viveu no século VIII a.C. Seu nome significa "Iavé é Deus"e seu livro de profecias, de apenas três capítulos, focaliza sobretudo o fim dos tempos e o Juízo Final, tendo, portanto, caráter essencialmente apocalíptico. O primeiro capítulo se abre, inclusive, com a descrição de uma sucessão de terríveis pragas que devastarão a terra nos dias antecedentes ao grande dia do Juízo Final.

Profeta Jonas

Ocupando posição simétrica à de Joel, no ponto de encontro dos muros que formam o parapeito de entrada do adro à esquerda, encontra-se a imagem do profeta Jonas. para o mais popular dos profetas menores, Aleijadinho reservou lugar de destaque, colocando-o junto de Daniel. A recusa de Jonas a Javé, não indo pregar em Nínive, sua vida aventurosa e o episódio do castigo sob a forma de permanência no ventre da baleia, sempre exerceram forte poder de atração sobre os artistas de todas as épocas. Jonas e Daniel não apenas estão lado a lado em Congonhas, como também se destacam dos demais por serem os únicos a apresentarem atributos iconográficos específicos. Daniel tem a seus pés um leão, enquanto Jonas traz consigo um animal marinho.

Profeta Oséias


O mais importante dos profetas menores, Oséias, cujo nome é uma abreviatura de "Iavé Salvador", ocupa no Santuário,lugar sobre o pedestal que arremata o parapeito de entrada no adro. Oséias viveu em Israel no século VIII a.C., pouco tempo depois de Amós. Suas profecias, em quatorze capítulos, são geralmente consideradas entre as partes de mais difícil interpretação da literatura do Antigo Testamento, pela independência do autor quanto às tradições e cunho pessoal de seus escritos. Muitas vezes descreve o amor divino com imagens tomadas do amor terrestre e em duas passagens converte sua pregação em ação simbólica. O tema da inscrição do filactério, que Oséias leva à mão esquerda, traduz uma dessas ações simbólicas. O casamento, por ordem do Senhor, com a esposa adúltera, tomada como imagem da terra de Israel prostituída pela sua infidelidade ao Deus único.

Profeta Daniel

À esquerda , ladeando a passagem para a entrada do adro, em frente a Oséias, encontra-se a imagem do profeta Daniel. O confronto do quarto dos profetas maiores e do primeiro dos profetas menores, nessa situação privilegiada, revela uma vez mais, um projeto iconográfico preciso para as posições das estátuas no adro. Daniel, assim como Ezequiel, sofreu o cativeiro da Babilônia, onde chegou a alcançar grande prestígio junto aos governadores, sobretudo pelos seus dons de interpretação de sonhos e decifração de escritas misteriosas. Esse mesmo prestígio lhe valeu, mais tarde, o encarceramento na cova dos leões.

Profeta Ezequiel


Do lado oposto a Baruc, no pedestal que arremata o muro de alinhamento central do Adro, encontra-se Ezequiel, o terceiro dos grandes Profetas. Também conhecido por "profeta do exílio", por ter sido banido para a Babilônia juntamente com o povo de Israel em 597 a.C., Ezequiel concentrou em suas profecias grande número de visões apocalípticas, fortemente influenciadas pela mitologia babilônica.

Profeta Baruc

Apesar de não integrar a série oficial dos profetas do Antigo Testamento, a inclusão de Baruc no conjunto estatuário de Congonhas, justifica-se pelo seu destaque na ordem do Cânon bíblico. Secretário particular de Jeremias tinha missão específica de colocar por escrito suas profecias. As profecias de Baruc estão de tais modos ligados à pregação de Jeremias, que na edição da "Vulgata", as duas constituem um único livro. Baruc traz nas mãos um filactério, que mais uma vez traduz em sua citação, uma síntese de várias passagens de suas profecias, em vez de um texto bíblico preciso.

Profeta Jeremias

Ocupando também posição de destaque na entrada da escadaria, à direita de Isaías, encontra-se o profeta Jeremias, autor do segundo dos livros proféticos na ordem do Cânon bíblico. Famoso, sobretudo, pelas suas previsões da ruína iminente de Jerusalém, Jeremias viveu entre os anos 627-585 a.C.

Profeta Isaías

O mais importante profeta do Antigo Testamento, Isaías, abre a série de honra na entrada da escadaria do lado esquerdo do Santuário. Isaías viveu em Jerusalém, na segunda metade do século VIII a.C. e foi autor do primeiro dos livros proféticos na ordem do Cânon da Bíblia. O objetivo principal de sua profecia parece ter sido o de manter viva a fé de Israel na redenção final a ser consumada com a vinda do Messias. Profetizou, entre outros, a Anunciação à Virgem Maria e o nascimento de Cristo.

Fachada da Igreja da Odem Terceira de São Francisco em Congonhas - Minas Gerais


Ao curar-se de uma doença, o minerador Feliciano Mendes ergueu um santuário a Bom Jesus de Matosinhos, contratando os maiores artistas mineiros. Entre 1796 e 1805, portanto durante nove anos, com as mãos deformadas, Aleijadinho esculpiu o maior conjunto de esculturas barrocas, o mais importante de sua vida, considerado um dos mais representativos do período colonial brasileiro.O trabalho, todo em tamanho natural, reúne 66 figuras esculpidas em madeira de cedro e 12 profetas feitos de pedra-sabão. As imagens de madeira ficam expostas nas 6 capelas dos Passos ou capelas da Via Crucis – que representam as cenas da Paixão – e "conduzem" ao topo de uma colina onde estão os profetas ao ar livre. Das figuras de madeira, destacam-se 7 Cristos, que Aleijadinho esculpiu em cada imagem um vigor especial ao sofrimento. Mas em todas elas, a estrutura física é a de um homem atlético.

Restauração



Símbolo maior do Barroco Mineiro e destaque da obra de Aleijadinho e Manuel da Costa Athayde, a igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto, revela novas cores e formas a seus visitantes.
Foi concluída no fim de setembro de 2001 uma restauração de diversos setores da construção. O altar-mor, ameaçado por infiltrações, teve suas pinturas e ornamentos refixados. "As peças estavam se desprendendo", explica Silvio Luiz Rocha Vianna de Oliveira, coordenador do projeto.
A outra etapa da restauração concentrou-se nos seis altares laterais da igreja, que tiveram a sujeira retirada da madeira por solventes especiais e recuperaram suas cores originais. Parte do assoalho apodrecido foi trocado por peças feitas a partir das técnicas originais, enquanto o restante do piso continua aguardando uma reforma. Além disso, foram colocadas novas fechaduras, trincos, filtros solares nas janelas, alarme contra incêndio e sistema de som.
Segundo Oliveira, estas obras de arte vinham sofrendo desgastes desde o século XIX e o adiamento da reforma poderia resultar na perda de referências do trabalho original.
Os trabalhos, organizados pela Faop (Fundação de Arte de Ouro Preto), demoraram um ano e meio e custaram R$ 50 mil, verba cedida pela Alcan. As atenções agora devem se voltar para a parte externa da igreja, já que há um desgaste das pedras que compõem o pátio e a fachada merece uma nova pintura
.

Capela da Igreja São Francisco de Assis


Altar Lateral da Igreja São Francisco de Assis


Interior da Igreja São Francisco de Assis


Igreja São Francisco de Assis


Teto da igreja São Francisco de Assis.

Igreja São Francisco de Assis: é uma das mais importantes de Ouro Preto e uma das mais conhecidas do Brasil. Construída em 1766, é considerada uma das maiores obras do escultor (e arquiteto) Aleijadinho.

sábado, 25 de abril de 2009

Agora mostraremos algumas imagens da Igreja São Francisco de Assis, aproveitem!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Biografia


Aleijadinho foi arquiteto e escultor do Período Colonial, sendo considerado o artista mais importante do estilo Barroco no Brasil. Apesar de, formalmente, só ter recebido a educação primária, cresceu entre obras de arte, já que, além de seu pai, um dos primeiros arquitetos de Minas Gerais, conviveu muito com o tio Antônio Francisco Pombal, conhecido entalhador das principais cidades históricas mineiras. Aleijadinho deixou mostras de seu talento em Ouro Preto, Sabará, Caeté, Catas Altas, Santa Rita Durão, São João del-Rei, Tiradentes e Nova Lima, cidades de Minas Gerais, onde desenhou e esculpiu para dezenas de igrejas. Em Mariana, assinou o chafariz da Samaritana e, a Congonhas do Campo, legou suas obras-primas: as estátuas em pedra-sabão dos 12 profetas (1800-1805) e as 66 figuras em cedro (1796) que compõem a Via-Sacra. Ocupado com encomendas que chegavam de toda a província, Aleijadinho tinha mais de 60 anos quando começou a esculpir as famosas imagens de Congonhas do Campo. Nessa época, já deformado pela doença que lhe inutilizara as mãos e os pés, trabalhava com o martelo e o cinzel amarrados aos punhos pelos ajudantes. Apesar de ter sido respeitado em sua época, Aleijadinho, após sua morte, foi relegado a um quase esquecimento. O reconhecimento de que sua obra – o Barroco reconstruído dentro de uma concepção rigorosamente brasileira – havia sido a expressão máxima desse movimento no Brasil foi uma conseqüência da Semana de Arte Moderna de 1922.(Acima encontra-se uma das principais obras de aleijadinho a: "Última Ceia")